Cemitério iluminado em Charqueada ganha apelido de 'estádio de futebol'

A Prefeitura colocou 40 holofotes no local para prevenir furtos nos túmulos.
Até vizinhos passaram a se beneficiar com o sistema de iluminação da área.

Com luzes, cemitério de Charqueada ganhou apelido de 'estádio de futebol' (Foto: Thomaz Fernandes/G1)

Há aproximadamente dois anos, a Prefeitura de Charqueada (SP) decidiu combater os furtos a túmulos no Cemitério da Paz iluminando o local com 40 holofotes em volta do terreno. O vigia noturno e a pequena lanterna deram lugar ao sistema, que logo foi apelidado de "estádio de futebol". Desde então, a Guarda Municipal garante que não houve mais ocorrências. Até mesmo os moradores de chácaras vizinhas relataram benefícios com a iluminação do local.

O comandante da GM, Antônio Cândido Rosa, explicou que, apesar de curiosa, a iluminação do cemitério inibiu ações criminosas. "Antes era perigoso até para o vigia andar entre os túmulos no escuro, sem saber se havia alguém escondido. Agora, basta entrar no cemitério e o guarda já tem visão do terreno inteiro", afirmou. Ele explicou que o aumento da visibilidade também inibiu a entrada de criminosos.

A lista de objetos furtados no cemitério é extensa. Já foram levados vazos de bronze, imagens de santos, alças de túmulos e até mesmo fotografias dos mortos. Em geral, os crimes estavam associados ao uso de drogas. "Esses objetos geralmente eram trocados por entorpecentes com traficantes", explicou Rosa.

O subinspetor da Guarda de Charqueada, Donizeti Novais, de 57 anos, mora ao lado do cemitério e conta que, no passado, acordou diversas vezes no meio da noite com o barulho de um martelo usado pelos ladrões para a retirada dos objetos. "Agora eu não ouço mais o barulho daquele martelinho a noite inteira furtando coisas daqui", afirmou.

VizinhançaA luz dos holofotes acaba iluminando as ruas em volta do cemitério e influenciando a vida dos vizinhos. Mesmo à noite, crianças e adolescentes jogam vôlei e futebol com a ajuda da iluminação do "estádio". A dona de casa Roseli Aparecida de Camargo Araújo, de 50 anos, sempre morou em frente ao local e garante que sair ou voltar para casa à noite se tornou mais seguro. "Eu nunca vi um cemitério iluminado em minha vida, mas acabou sendo bom para todos os vizinhos", completou.

Fonte: G1

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